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Diagnóstico do Autismo: Entendendo o Processo

  • Foto do escritor: Cleber Pereira
    Cleber Pereira
  • 6 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Identificar se uma pessoa possui Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um processo detalhado e multifacetado que geralmente inclui:

Entrevista com pais ou cuidadores: A equipe de diagnóstico faz perguntas sobre o desenvolvimento da criança, histórico médico, comportamento e habilidades sociais.

Observação da criança: A criança é observada em interação com outras pessoas e durante brincadeiras em diversos ambientes.

Avaliações padronizadas: Testes padronizados são aplicados para avaliar habilidades de comunicação, linguagem, cognição e comportamento da criança.

Critérios Diagnósticos do TEA

Os critérios para o diagnóstico do TEA são definidos pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) da Associação Americana de Psiquiatria. Para ser diagnosticada com TEA, uma pessoa deve apresentar dificuldades persistentes em duas áreas principais:

  1. Comunicação e interação social

  2. Comportamentos repetitivos e interesses restritos

Critérios Específicos (DSM-5)

Dificuldades na comunicação e interação social:

  • Uso e compreensão deficientes da linguagem verbal e não verbal.

  • Desafios em iniciar, manter e compreender relações sociais.

  • Dificuldades em compartilhar interesses e emoções.

  • Falta de reciprocidade social ou interações sociais desajeitadas.

Comportamentos repetitivos e interesses restritos:

  • Comportamentos repetitivos ou padronizados (estereotipias, maneirismos, fala repetitiva).

  • Aderência rígida a rotinas, inflexibilidade ou resistência a mudanças.

  • Interesses intensos em poucos tópicos, muitas vezes de maneira incomum ou excessiva.

  • Hiper- ou hiporreatividade a estímulos sensoriais.

Processo de Diagnóstico

O diagnóstico do autismo geralmente é realizado por uma equipe de profissionais, incluindo neuropsicólogos, psiquiatras, neurologistas e fonoaudiólogos. Eles coletam informações de várias fontes (entrevistas, observações e avaliações) para obter um diagnóstico preciso.

Novidades no Diagnóstico do TEA

  1. Ênfase no diagnóstico precoce: Identificar o TEA antes dos 18 meses permite intervenções mais rápidas e melhores resultados.

  2. Consideração das características funcionais: Além dos critérios diagnósticos, o DSM-5 avalia as dificuldades funcionais diárias enfrentadas pela pessoa com TEA.

  3. Abordagem dimensional: O TEA é considerado um espectro, com diferentes níveis de severidade e variabilidade dos sintomas.

  4. Reconhecimento de diferentes perfis de autismo: Hoje, reconhece-se perfis diversos, como autismo sem deficiência intelectual e autismo com altas habilidades.

Diagnóstico em Diferentes Idades

Diagnosticar TEA em crianças pequenas pode ser desafiador devido a sintomas sutis e variáveis. Em adolescentes e adultos, o diagnóstico é mais complexo devido à influência de experiências de vida e comorbidades.

Após o Diagnóstico

Receber um diagnóstico de autismo pode ser difícil para pais e cuidadores, mas é importante lembrar que o autismo não é uma doença. Pessoas com TEA podem levar vidas plenas e significativas. Após o diagnóstico, a equipe de profissionais trabalhará com a família para desenvolver um plano de intervenção individualizado, que pode incluir terapia, serviços educacionais e outros apoios para ajudar a pessoa com TEA a alcançar seu pleno potencial.

Dicas para Pais e Cuidadores

  • Converse com seu pediatra se estiver preocupado com o desenvolvimento do seu filho.

  • Procure uma avaliação abrangente por uma equipe experiente em autismo.

  • Aprenda sobre o TEA e as opções de tratamento e intervenção disponíveis.

  • Ajude seu filho a desenvolver suas habilidades e alcançar seu pleno potencial.

  • Conecte-se com outras famílias e profissionais com experiência em autismo.

 
 
 

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